A Bahia vive a pior seca
das últimas três décadas, são mais de 230 municípios (mais da metade
dos municípios baianos) em estado de emergência em detrimento da
longa estiagem. A grande maioria desses municípios que tem sua
economia baseada nas atividades da agricultura e pecuária vê os reflexos
negativos refletirem diretamente no processo de
desenvolvimento econômico e na qualidade de vida de suas populações.
A estiagem que também prejudica outros estados nordestinos, trás a tona a
discussão do necessário desenvolvimento de políticas públicas que atenuem a
situação de modo a não necessariamente combater a seca que é um
fenômeno natural, mas a dar condições de enfrentamento da mesma.
No
município de Caraíbas a situação não é diferente, e a visível situação da
dramática estiagem enfrentada pela população do município é a reduzida
quantidade de água armazenada na barragem do rio Gavião, um dos maiores
reservatórios do estado e que hoje se encontra numa situação antes nunca vista
desde sua construção.
A
barragem foi construída no médio curso do Rio Gavião, em fins da década de 1980
pelo Departamento Nacional de Obras Contra Seca (DNOCS), abrangendo municípios
como Caraíbas, Anagé, Belo Campo e Tremedal. Teve como principal objetivo
armazenar um volume permanente de água no sentido de assegurar o abastecimento,
mantendo uma condição favorável ao fomento da atividade agrícola, bem como
permitir o processo de perenização do rio à jusante.
A micro-bacia
hidrográfica do rio Gavião abrange uma área de aproximadamente 9.900 Km² e é
constituído de pequenos rios e córregos temporários. O rio Gavião nasce na
Serra do Espinhaço, no município de Jacaraci e se caracteriza como um dos
principais afluentes da margem direita do rio de Contas. No passado também já
fora considerado um dos maiores rios intermitentes (seco) do Brasil.
Tendo
as chuvas mais intensas ocorrido na região a mais de cinco anos, o aspecto da
barragem assusta o apreciador, devido seu leito seco hoje ostentando muito
mato e sujeira, como mostra as fotos abaixo, uma situação lamentável e
desoladora. Não caberia ao poder público local atuar ao menos no processo de limpeza nas margens do rio e pelo menos em partes da área já seca da barragem, assegurando que ao receber novas águas esteja um ambiente mais limpo e adequado. Os mais severos diriam ser esta uma área de responsabilidade de outras instâncias governamentais e não do poder público local, no entanto, falta aí bom senso e vontade política.
Muito mato no que outrora era tomado por água.
O leito do rio e suas margens sujas.
O chamado "Cais" distante metros da pouca água que resta.
Animais pastam onde antes havia muita água.
Aquele que escorregasse por esse brinquedo deveria cair na água.
Aspecto atual da "cascata" na prainha.
A curta e precária travessia de balsa para os usuários que provirem da outra margem.
sem palavras!!!!!não acredito no ki vejo!!!
ResponderExcluir