Aqui a palavra de ordem é a Liberdade de Expressão!!!

Bem vindos ao COTIDIANO, um blog criado para ser mais uma ferramenta alternativa de comunicação, tendo como intuito colaborar para a troca de opiniões em torno de assuntos pertinentes da sociedade, partindo do pressuposto da liberdade de expressão.

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quarta-feira, 21 de outubro de 2020

ELEIÇÕES 2020: EM CARAÍBAS AGLOMERAÇÕES E DESRESPEITO ÀS REGRAS DE COMBATE AO COVID-19, INTERPRETADAS PELO PRÓPRIO PREFEITO.

Iniciada oficialmente a campanha eleitoral para as eleições municipais de 2020, os candidatos a vereador e prefeito já estão com o “bloco na rua”, cada um com sua respectiva estratégia para angariar o maior número de votos possíveis. Seria essa uma situação extremamente normal se não estivéssemos em meio a uma pandemia que já ceifara a vida de mais de 1 milhão de pessoas no mundo, sendo que no Brasil infelizmente o número de óbitos já ultrapassou a triste marca das 150 mil.

É do conhecimento de todos que o vírus do Covid-19 é tremendamente contagioso, e, até que se universalize um método de imunização, a forma mais eficaz de inibir o contágio é o distanciamento social e o uso de máscara. No entanto, nessa atípica realidade, muitos candidatos têm se “esquecido” de tal situação e, em nome de sua pretensa eleição, acabam proporcionado exatamente o inverso, ou seja, promovendo aglomerações e muito pior, com grande quantidade de pessoas sem a utilização da máscara de proteção.

No último domingo (18/10) o atual prefeito da cidade de Caraíbas-BA Jones Coelho e candidato a reeleição pela coligação “vivendo uma nova história” (PSD/PL), promoveu uma carreata entre o povoado de Jiboia e o distrito de Vila Mariana no interior do município, com dezenas de veículos e um considerável número de pessoas, e as imagens que se viu foi de muito desrespeito às recomendações da Organização Mundial da Saúde, da Secretária de Saúde do Estado e da própria Secretaria Municipal de Saúde. Além da inevitável aglomeração, a utilização de máscara parece ter sido pouco frequente entre os participantes. A partir do referido episódio circula nas redes sociais um vídeo com imagens do prefeito, seus correligionários e um grande número de apoiadores sem o uso da máscara e sem o devido distanciamento, o vídeo inclusive mostra a contradição em que o gestor se envolve, quando este, em um comunicado oficial recomenda o distanciamento e o uso de máscara.

Em recente declaração o governador da Bahia, Rui Costa, reclamou do que ele chamou de “micaretas” promovidas pelos candidatos nas campanhas eleitorais em plena pandemia. 

O que se espera é que o gestor do município que deve ser o principal mentor das ações de combate ao Covid 19, possa dar exemplo de zelo e cuidado com relação a essa delicada situação e não promover atos contraditórios ao que é recomendado.








quinta-feira, 15 de outubro de 2020

DIA DO PROFESSOR, ISOLAMENTO SOCIAL (AULA REMOTA) E QUESTÕES AFINS.

Em mais um 15 de outubro estamos tendo a oportunidade de, não somente parabenizarmos os nossos mestres, bem como refletirmos a cerca de sua importância para a sociedade como um todo. No entanto, esse 15 de outubro de 2020, é distinto. Por estarmos vivenciando uma situação tremendamente atípica: a pandemia e o isolamento social. Evidente que o desejo é que tudo se normalize, mediante a superação do vírus, não pela teimosia e pela ignorância da negação, mas sim pela prudência e pela confiança na ciência e na imunização de toda a população, cremos em Deus que tudo logo passará.

Porém, enquanto toda essa situação se faz presente, sinto a necessidade na condição de educador de lançar aqui algumas reflexões a cerca de como têm sido a rotina daquele cuja missão e ofício é o nobre ato de lecionar.

São muitas as notícias (muitos infectados e muitos óbitos infelizmente) muitas as discussões, as pesquisas, médias móveis e, por parte da classe política, muita verbalização, apenas! Afirmam que o momento agora é de criação de protocolos que viabilize o retorno das atividades, mesmo estando provado que o reinício de algumas delas só faz dificultar nesse momento, a estabilização da situação do contágio. Porém em nome da retomada do “crescimento econômico”, boa parte daqueles que nos governam, juram conseguir lidar com a situação da reabertura apenas fiscalizando, existe protocolo para muito do que é, nesse momento, superficial, e pouquíssima preocupação com o que é essencial. São raras as ações concretas advindas dos poderes públicos que viabilize a criação de estratégias de retomada segura das atividades escolares, o que se nota é uma insistente ideia de reabertura desprovida de cuidados, ou do “deixa como está e ano que vem cuidamos disso”. Não se percebe muita vontade deles para tratarem seriamente da questão educacional no atual contexto.

Em meio ao referido cenário, o educador têm tentado manter o processo de ensino e aprendizagem, diante de um desafio enorme de não somente lidar com novos aparatos tecnológicos, fundamentais para a gravação-edição-postagem de sua aula nas plataformas e mídias digitais, mas também tentar manter a motivação de seu aluno, extrair dele a atenção quando o meio utilizado para que ele acesse a aula é o mesmo que o faz acessar as redes sociais ou jogar o “free fire” o que é para alguns de nossos jovenzinhos, algo bem mais atrativo do que uma “enfadonha” aula de Geografia por exemplo. O tempo, que outrora já era bem concorrido entre as aulas presenciais, as correções de exercício, a elaboração de planos de aula e as demais atividades cotidianas, agora é ainda mais ínfimo, até por que as atividades são geralmente multiplicadas por dois já que o educador, dada a sua baixa remuneração, costuma trabalhar em mais de uma escola.

É válida a observação de que, diante da típica situação de desigualdade socioeconômica verificada no Brasil, uma parte considerável de nossos alunos não dispõe dos aparatos necessários para acompanhar as aulas remotas, seja um computador ou smartphone ou mesmo o acesso à internet. É mais uma situação que exige do professor a costumeira sensibilidade e a sua reinvenção diante dessa situação adversa.

O fato é que estamos experimentando algo novo que inicialmente começou repleto de incertezas quanto ao desenvolvimento dos mecanismos de ensino remoto, mas que agora podemos dizer que já foram criadas as estratégias mínimas para que nossa missão se faça, ainda que sem o calor humano e a maravilhosa visão de se ter uma sala de aula repleta de olhares, comumente ávidos e curiosos. Ainda acredito muito nisso, naquilo que entregamos, na expectativa que nossas aulas geram e na transformação que causamos, em tempos sombrios ou não.

Parabéns aos colegas professores e professoras, que seja todo dia o dia de refletirmos sobre a importância desse nobre ofício.

quarta-feira, 14 de outubro de 2020

EDITORIAL: ELEIÇÕES MUNICIPAIS EM CARAÍBAS (ALGUMAS IMPRESSÕES)

Finalmente chegaram as eleições municipais, em um ano atípico é verdade, cujo distanciamento social em detrimento de uma assombrosa pandemia sugere que as pessoas evitem aglomerações, fator que, para uma disputa eleitoral se torna desafiador, haja vista ser necessário o chamado “corpo a corpo” na busca pelo voto, porém, nesse momento é sensato quem atende as determinações da Organização Mundial da Saúde e mantém longe o risco de contágio pelo Covid-19, o que nem todos os candidatos têm feito (inclusive os que tentam a reeleição).

O eleitor há muito se faz desconfiado com a postura de alguns “políticos de carreira” que realmente só se lembram do digno cidadão a cada quatro anos. O fato é que as eleições desse ano exigirão dos candidatos ainda mais traquejo, no sentido de se reinventarem por terem que fazer uma campanha ao mesmo tempo com o máximo de distanciamento social possível e, sobretudo, discutindo aquilo que de fato o eleitor dos tempos de agora quer ver ser abordado, o desenvolvimento da pessoa humana em sua íntegra, tendo seus direitos respeitados e suas garantias asseguradas, basta da antiquíssima troca do voto pelo subemprego, sobretudo em nossas minúsculas cidades onde tal prática sempre se observou.

O município de Caraíbas, no Sudoeste da Bahia, com seus 8.896 eleitores segundo o Tribunal Superior Eleitoral, é um dos municípios cuja corrida eleitoral sempre teve um costumeiro acirramento, muito em função da forma como aqueles que se sucederam no poder faziam ou ainda fazem em suas campanhas, muita promessa, troca de voto por algum favor ou migalha, além da manutenção das principais carências do indivíduo (um destaque para abastecimento de água o principal deles, num município inserido no polígono da seca) de modo que o cidadão sempre necessitasse daquilo (carro pipa, por exemplo) e enfim o gestor “bondoso” iria lhe “acudir” quando a situação já se fazia desesperadora, mas ainda assim, o cidadão sedento, deveria ser grato ao digníssimo prefeito pelo referido “favor” até a urna, levando consigo todos os votos possíveis da família, dessa maneira, certo clã têm gerido o município há décadas tendo o poder já sucedido de marido para esposa e agora para o filho.

Nas eleições de 2020, são três os nomes que disputam a cadeira do executivo municipal em Caraíbas, sendo que o atual prefeito (pertencente ao clã supracitado) tenta a sua reeleição. Além do dito, estão também na disputa: Emanoela Dutra (ex-primeira dama do município e ex-secretária de Assistência Social) candidata pelo PT, e Alessandro Ferreira (dentista conhecido na cidade) candidato pelo PRB.

O que se espera é que antes de tudo tenhamos uma corrida eleitoral pautada na transparência e nas boas propostas (algo difícil vindo do clã), que desde sempre atendeu aos comandos do “Capitão Mor” que entende a campanha eleitoral como uma arena, adequada aos ataques, mentiras e ameaças, e por terem acesso ao poder, inclusive aquisitivo, pensam estar acima de tudo e de todos... Que esteja atendo o eleitor caraibense e oportunize quem de fato tenha boas intenções e HUMANIDADE para gerir nosso querido município.


Damião Silva Gato (Editor desse singelo Blog)

Geógrafo, especialista em Análise do Espaço Geográfico (UESB)

Professor da Rede Estadual de Minas Gerais.