Muros...
Tais construções desde sempre serviram enquanto barreira física para separar,
dividir, segregar algo de alguém, de um grupo, ou mesmo de uma nação. Desde os
mais remotos registros, a História já nos aponta algumas destas célebres construções,
que, seja pela sua grandiosidade ou pela significância sócio-histórica, política
ou religiosa, ganharam ao longo dos tempos notoriedade.
A Muralha
da China (em que alguns afirmam poder ser vista do espaço), o Muro das Lamentações
(atrativo de milhões de judeus no Oriente Médio), o Muro de Berlim (grande
símbolo da guerra ideológica entre dois modelos econômicos), e o Murro Israelita
(previsto para ter mais de 700 km, e assim dividir burra e inexplicavelmente os
povos por questões étnico-raciais mediado pelo fundamentalismo religioso). Além
dos muros de luxuosos condomínios daqueles que como num casulo se fecham à
realidade de tanta pobreza, escassez e pauperização das condições humanas,
questões advindas de uma perversa sociedade consumista e excludente.
Pois
bem, pairando sobre o contexto de nossa pequena Caraíbas, os muros também andam
por aqui dando o que falar... Não necessariamente os dos quintais de nossas
modestas casas, mas os muros ainda “pichados” com os ranços do recém combatido
modelo político baseado no mandonismo e na perversidade, responsável durante
quase duas décadas pela supressão em nome da ilícita riqueza, do erário público
e da dignidade de um povo. Fatores pontuais que juntos resultaram no maior dos
processos de uma escancarada locupletação, acrescida de hipocrisia e
desonestidade para com a gente simples de nosso sertanejo lugar.
Mas, as
coisas mudam, contrariando aqueles que logravam êxito da situação acima
descrita. Nos dias de hoje tudo aponta para uma visão diferente trazendo consigo
a esquecida e notável democracia e a moralidade política, tudo caminha pra ser
mais diferente, pra ser mais humano, pra ter de volta o que era da gente...
Se no
passado nos tiravam na “mão grande”, hoje caem por terra os muros... Terão que
dar de volta a quem sempre pertenceu, o bem público é do povo...
Que se
desapropriem em consonância com a legalidade, aqueles que nos tornavam desprovidos
de direitos, e que se destruam mesmo os muros da corrupção e da intolerância, que
com sofreguidão devorava as já pequenas oportunidades de nossa gente, que agora
quer mesmo é dizer em alto e bom som: Coronelismo por aqui nunca mais!
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