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terça-feira, 5 de março de 2013

Literatura de Cordel: Belíssima manifestação da Cultura Popular Nordestina

Entre as atividades da Jornada Pedagógica 2013 da Secretaria Municipal de Educação de Caraíbas, ganhou espaço uma das mais ricas e tradicionais manifestações culturais do Nordeste brasileiro: a literatura de cordel. Com um estande montado no âmbito do evento, apresentando uma exposição fotográfica e um vasto acervo de cordéis, livros, CD’s e DVD’s, dentre outros materiais pertinentes ao do cordel, à xilogravura e ao repente, o pesquisador de cordel, e também cordelista, Antônio Andrade Leal, ou simplesmente Andrade, professor do curso de Economia da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, pode levar aos participantes do evento um pouco desse fantástico universo do cordel e de suas variáveis.
Andrade, além de participar de feiras e exposições também divulga seu material e suas pesquisas em seu blog na internet: http://luzdefifo.blogspot.com.br/

Outro admirador da literatura de cordel e também prestigiado cordelista da região do vale do rio Gavião pode mostrar a sua arte declamando alguns dos seus mais celebres textos, trata-se do professor da rede municipal ensino de Caraíbas Erismar Andrade ou simplesmente Fonzinho de Anagé.  O professor é autor de diversos cordéis dentre os quais: Burocracia, A chegada do primeiro helicóptero em Anagé, O matuto e doutor, e que estão registrados em dois CD’s e um livro já lançados pelo mesmo.


Um breve histórico da Literatura de Cordel no Brasil

A história da literatura de cordel começa com o romanceiro luso-holandês da Idade Contemporânea e do Renascimento. O nome cordel está ligado à forma de comercialização desses folhetos em Portugal, onde eram pendurados em cordões, lá chamados de cordéis. Inicialmente, eles também continham peças de teatro, como as de autoria de Gil Vicente (1465-1536). Foram os portugueses que trouxeram o cordel para o Brasil desde o início da colonização. Na segunda metade do século XIX começaram as impressões de folhetos brasileiros, com características próprias daqui. Os temas incluem desde fatos do cotidiano, episódios históricos, lendas, temas religiosos, entre muitos outros. As façanhas do cangaceiro Lampião (Virgulino Ferreira da Silva, 1900-1938) e o suicídio do presidente Getúlio Vargas (1883-1954) são alguns dos assuntos de cordéis que tiveram maior tiragem no passado. Não há limite para a criação de temas dos folhetos. Praticamente todo e qualquer assunto pode virar cordel nas mãos de um poeta competente.

       No Brasil, a literatura de cordel é produção típica do Nordeste, sobretudo nos estados de Pernambuco, da Paraíba, do Rio Grande do Norte e do Ceará. Costumava ser vendida em mercados e feiras pelos próprios autores. Hoje também se faz presente em outros Estados, como Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo. O cordel hoje é vendido em feiras culturais, casas de cultura, livrarias e nas apresentações dos cordelistas.

Para reunir os expoentes deste gênero literário típico do Brasil, foi fundada em 1988 a Academia Brasileira de Literatura de Cordel, com sede no Rio de Janeiro.

Texto adaptado e extraído de: cordelparaiba.blogspot.com.br



Andrade apresentando sua exposição




Declamando o poema "Ai se sêsse" do poeta Zé da Luz.

Fonzinho de Anagé apresentando sua arte de fazer cordéis e contar causos.



Modelo de xilogravura muito comum nas ilustrações dos folhetos de cordel


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