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terça-feira, 19 de novembro de 2013

"AMOR A VIDA" E SIMILARES: A GRANDE MÍDIA TRUCIDANDO A NOSSA INTELIGÊNCIA E OS VALORES ÉTICOS E MORAIS.

Por: Professor Damião.

Existem algumas coisas que nos causam repúdio, nos faz questionar, e enfim lamentar pelo seu ocorrido. Vivemos num país acometido pelos mais diversos desajustes sociais, como a notória má distribuição de renda (muito embora houvesse nos últimos anos uma embrionária melhoria nas condições de vida das classes subalternas), questionáveis serviços públicos, como saúde, educação, infra-estrutura, associados à problemas decorrentes da violência, narcotráfico, corrupção e uma política partidária pautada pura e simplesmente no exercício do poder, ou seja, são muitos os problemas, e bem pequena, na visão de alguns, a perspectiva.

Diante desse “turbilhão”, o cidadão comum brasileiro em sua escassa hora de descanso e convívio com a família, ainda se vê “sequestrado” por uma mídia que imbeciliza e tortura nossa Inteligência.

Vamos a ela:

Se o objetivo for assistir um telejornal, o telespectador tem como opção o típico sensacionalismo e seus bordões como o: “me ajuda aí ô”, ou o “corta para a 18”, dentre outros, que são uma mescla de jornalismo pastelão com a vontade voraz de mostrar os mais horrendos crimes e situações lastimáveis de nossas violentas metrópoles, não colaborando em nada para o processo de transformação social. Se o jornal assistido for o de bancada, aqueles de horário nobre, e apresentado pelos tais âncoras, como os “JN’s” da vida, o que se vê é um jornalismo enviesado, pronto e acabado, em prol dos interesses da classe dominante. Um jogo sujo entre a velha “direitona” da política brasileira, e os veículos interessados na manutenção e/ou no retorno latente de uma elite que sempre espoliou a classe trabalhadora brasileira.

Até mesmo o futebol, a chamada “paixão nacional”, está refém da grande mídia, aliás, são altos os direitos de imagem pagos aos clubes, e por isso, assistir a uma partida de futebol do sofá de casa significa ter que se manter acordado até a meia noite, caso queira acompanhá-la até o fim. Outro jogo sujo entre a mais poderosa emissora de TV brasileira e a entidade máxima do futebol no país, entidade essa, não menos questionável.

No campo do entretenimento a lista é farta: de humorísticos, de auditório ou os famosos “talk shows”, em sua quase totalidade imbuídos de uma missão que os padroniza. São afinados na “arte” deliberada de manter longe dos holofotes os bons músicos, atores e outros personagens, em detrimento da massiva e cansativa veiculação de “Naldos”, “Anitas”, “Luans” e similares. Esforça-se também em ridicularizar o nordestino, o negro e usar apelativamente a sensualidade feminina para marcar alguns pontinhos de audiência. 

Se o objetivo for à teledramaturgia brasileira e de aperitivo algumas outras produções estrangeiras, o máximo que se conseguirá na sua sagrada hora de descanso é trucidar os princípios e os valores familiares, fatores tão preciosos em tempos de agora. Traições, ódio e intriga no seio familiar, apologia ao supérfluo do luxo em detrimento da exploração alheia, e, sobretudo um racismo que salta aos olhos de quem assiste, é isso o melhor que se pode oferecer no enredo das telenovelas brasileiras.


De “amor à vida”, transgride-se ao amor incondicional à pobreza cultural e a uma alienação típica de quem não está nem aí para os problemas sociais cotidianos, afinal os “reclames do plin-plin” lamentavelmente ainda estão em alta.






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