Caraíbas, na contra-mão do Desenvolvimento.

Falar de desenvolvimento, é falar em seus mais variados significado e de maneira suscinta da ascenção, da passagem gradual de um estágio inferior a um mais aperfeiçoado, enfim é falar de melhorias. O desenvolvimento econômico e social é indubitávelmente, ou pelo menos deveria ser,  a grande busca de todo sistema político que venha a gerir um determinado país, estado, uma cidade enfim. Correto? Nem sempre, e não em todos os lugares. Algumas contradições a título de exemplo atestam isso.
Os direitos Trabalhistas no Brasil, constituiem-se enquanto uma conquista que gradativamente foi sendo empregada, as custas de muitas reivindicações e lutas protagonizadas pela classe trabalhalhadora, tudo isso em face aos abusos econômicos dos patrões. Nesse percurso alguns governos de caráter progressista, ainda que de maneira incipiente, colaboraram para o atendimento de algumas dessas reivindicações, atendendo em partes as demandas da classe trabalhadora, que no Brasil, teve suas raízes fincadas no processo de exploração capitalista, a começar pelo regime escravagista.
Acontece que em pleno século XXI, em alguns lugares do Brasil, como num município do interior da Bahia chamado CARAÍBAS, um grupo de mandatários mesquinhos da política local, que a quase duas décadas efetuam seus desmandos, executando um modo questionável de administrar, caminham na contramão do processo. Esse referido grupo insiste em desrespaitar direitos, que, ao longo do processo histórico da classe trabalhadora brasileira foram conquistados, muito além disso, insistem na prática do sub-emprego, ocasião em que o indivíduo tem que trabalhar a semana toda por mísero meio salário mínimo e ainda assegurar todos os votos da família, caso contrário, demite-se sem o mínimo escrúpulo. É importante ressaltar, que Caraíbas detém um dos menores Índices de Desenvolvimento Econômico da Bahia, o que facilita referida prática por parte da administração, sendo a população composta de muitas famílias carentes. Por conta disso mesmo que não se estimula a geração de renda, ainda tendo Caraíbas um potencial hídrico significativo, o que nos municípios do polígono da seca como Caraíbas, representa potencial satisfatório para a geração de emprego e renda.
Não obstante tais incoerências, é prática comum no município em questão, a demissão pura e simples sem que haja a mínima justificativa cabível por parte dos seus servidores. Alguns professores que o digam, basta apenas que se saiba que sua "conduta" está errante perante os propósitos dos mandatários. Entendam, nem em sonho os pobres professores, ou qualquer um dos funcinários, podem manifestar contrariedade em sua preferência político partidária, aquele que assim proceder, deve manter um sigílo absoluto, uma vez que aqui a perseguição beira a isteria.
O que torna isso tudo ainda mais nocivo é o fato dos pobres desprovidos de seus empregos, terem que sair sem absoluto direito a nada, uma tremenda afronta aos direitos trabalhistas, ainda que a esmagadora maioria de tais vínculos empregatícios sejam frutos de contratos simplórios e estratégicamente mal elaborados. Mas ainda os próprios saibam que o direito a receber pelo trabalho prestado é sagrado, e nem a isso se dignam honrar.
São tantas as desvirtudes verificadas nesse emaranhado de imcompetêcia, revestidos de atitudes desumanas, que fica impossível associar essa realidade com o que os próprios mandatários propagam aos brados: Progresso e desenvolvimento... Está aí uma distancia abisal entre o dito e o feito!!!
É bom refletir... 

Damião Silva Gato.

"A história da sociedade até aos nossos dias é a história da luta de classes".

Karl Marx