Congresso
vergonhoso! Aproveitaram que o Brasil inteiro chorava a tragédia com a queda do
avião da Chapecoense e votaram às sombras, na calada da noite e longe dos
holofotes da imprensa, o projeto de iniciativa popular das 10 medidas contra a
corrupção. Desvirtuaram completamente o texto com várias emendas, prevendo
inclusive punição para juízes e promotores que investigarem corruptos e
indenização para os investigados. Isso é uma afronta ao povo brasileiro!
O
plenário do Senado também concluiu no início da madrugada desta quarta-feira
(30) a votação, em primeiro turno, da Proposta de Emenda à Constituição 55, que
estabelece um limite para os gastos públicos pelos próximos 20 anos.
A PEC ainda precisa ser analisada em segundo turno, previsto para 13 de
dezembro.
O texto-base da proposta já havia sido aprovado na noite desta terça (29), mas, para concluir a votação, os senadores precisavam analisar três destaques (sugestões de alteração ao texto), que acabaram todos rejeitados. Um deles, por exemplo, excluía os investimentos em saúde e em educação do teto.
Por se tratar de uma proposta de mudança na Constituição, a proposta, para ir a segundo turno, precisava ser aprovada por pelo menos três quintos dos parlamentares (49 dos 81) e recebeu 61 votos (14 senadores foram contra) – saiba como cada senador votou.Concluída a análise em primeiro turno, a PEC deverá ser analisada em segundo turno no próximo dia 13 de dezembro – no qual também precisará do apoio de, ao menos, 49 senadores.
Durante
a sessão desta terça, a medida foi criticada por senadores que fazem oposição
ao Palácio do Planalto. Os oposicionistas chamaram o texto de "PEC da
maldade" porque, na visão deles, a proposta vai "congelar" os
investimentos em saúde e educação.
Inicialmente, somente os líderes partidários encaminhariam os votos, mas o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), deixou que todos os senadores inscritos pudessem discursar na fase de encaminhamento.
Embora tenha sido aprovada por 61 votos a 14, a PEC recebeu menos votos que o previsto pelo líder do governo no Congresso, Romero Jucá (PMDB-RR), que previa até 65 votos favoráveis à proposta.
Senadora Gleisi Hoffmann, uma entre os poucos parlamentares
que votaram contra a PEC, discursa na tribuna do senado
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