Por: Crsitiano Bodart em: CAFÉ COM SOCIOLOGIA
Porque a jornalista Rachel
Sheherzade, âncora e comentarista do Jornal do SBT virou símbolo da extrema
direita conservadora no Brasil? As
respostas me parecem bem simples: pelas ideias propagandeadas em rede nacional,
e o pior: trata-se de “doença” grave e contagiosa. Doença* facilmente
diagnosticada em seus representados.
A jornalista do SBT, Rachel
Sheherazade, me parece ser a "cara" e "porta-voz" de
parcela significativa da burguesia brasileira, aquela que defende que “bandido
bom é bandido morto”. Nota-se isso até a partir de uma rápida visita ao seu
blog, onde encontraremos algumas coisas sensatas, outras bastante incoerentes e
muitas opiniões que dão inveja a neonazistas. Destaco algumas delas para
posteriormente comentá-las:
1. “O Estado é omisso. A polícia, desmoralizada. A Justiça é falha. O que
resta ao cidadão de bem, que, ainda por cima, foi desarmado?
Se defender, claro!
O contra-ataque aos
bandidos é o que eu chamo de legítima defesa coletiva de uma sociedade sem
Estado contra um estado de violência sem limite” (SHEHERAZADE,
04/02/2014).
2. “Lei é Lei! Tem que ser cumprida, aplicada, obedecida. E o juiz deve ser
o primeiro a se curvar diante dela.
Além do mais, o
Judiciário não é o foro certo para levantar e defender bandeiras, como a
legalização. Quer legislar, Meritíssimo? Deixe a toga! Eleja-se deputado,
e tente mudar as leis” (SHEHERAZADE, 29/01/2014).
3. “Restaurando-se a
igualdade entre os condenados - ricos e pobres, pretos e brancos, políticos ou
não - restaura-se a paz” (SHEHERAZADE, 17/12/2013).
4. “Foi justamente a violência, o caos urbano que forçou o consumidor a
abandonar o comércio de rua, as praças públicas, os cinemas, teatros,
restaurantes e migrar para espaços fechados e vigiados. Mas, agora, até esse
refúgio foi violado! O que fazer? Fechar os olhos? Fingir que não há perigo nos
“rolezinhos”, como fizeram os shoppings para ofuscar a propaganda negativa?
Devemos defender o
direito dos arruaceiros de se reunir em locais privados, sem prévia
autorização, tumultuando a ordem pública, espalhando o medo, afastando as
famílias, intimidando os frequentadores? Ou só vamos tomar providência quando
os arrastões migrarem das periferias para os shoppings de luxo?” (SHEHERAZADE,
16/12/2013).
No primeiro item destacado, nota-se
que para a referida jornalista a justiça pode ser feita com as próprias mãos,
ignorando todo o histórico do Estado de Direito. No segundo, cobra-se o rigor
da lei? Ora, é ou não para seguir a lei senhorita Sheherazade? Se assim for
qualquer indivíduo tem o direito de ser julgado por um tribunal e não ser
linchado por populares.
No item 3, nota-se que a ideia é a
mesma aplicada na ditadura militar, onde presos políticos devem ser tratados
como presos comuns. Mas isso não vai de encontro o que a jornalista algumas
vezes (em estado sóbrio) argumentou em prol da democracia e da liberdade de
expressão? Isso não ameaçaria os que não concordam com a atual situação
política do país, podendo esses ser tratados como qualquer outro criminoso,
como ocorria nos Anos de Chumbo?
Por fim, no quarto item nota-se a
preocupação da jornalista com suas compras; apenas com quem está incluído no
mundo do consumo. A frase irônica de que “devemos defender o direito dos
arruaceiros de se reunir em locais privados, sem prévia autorização, tumultuando
a ordem pública, espalhando o medo, afastando as famílias, intimidando os
frequentadores?” deixa claro que os jovens da periferia já estão errados e
cometendo crime antes de fazê-los, assim como eles não têm o direito de estar
nesses espaços... nem mesmo parecem ter famílias. Diferentemente é seu
pensamento quando o sujeito não é da periferia, mas um jovem branco rico,
famoso e vivendo apenas uma fase difícil de sua vida. Coisa bem diferente do
“marginalzinho” amarrado no poste.
A Jornalista me parece sofrer da
síndrome da superficialidade da compreensão da realidade social agravada pela
incoerência aguda contagiante. Cuidado que a doença pega! Lembre-se a
jornalista é apenas uma das hospedeiras da doença. Torcemos para que ela possa
se curar e não transmitir a doença a mais ninguém.
O "ministério da sensatez" adverte que radicalismo faz mal aos neurônios. Evite neuroses!
*termo usado em sentido figurativo para designar a falta de compreensão
da realidade social.
QUANDO A PESSOA MUDA DE CARÁTER "SUBITAMENTE", MOSTRA QUE SEUS VALORES ESTÃO A VENDA, RACHEL SHEHERAZADE, SE VENDEU À ESQUERDA E PAGOU O PREÇO, NÃO HÁ MAIS ESPAÇO PARA GENTE DE MAU CARÁTER NO SBT. O BRASIL ESTÁ MUDANDO PARA MELHOR. MAS A BAND, FOLHA FAKE, UOL, SÓ PEGAM REFUGO.
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