A
repercussão da eleição para a escolha do novo presidente da Câmara Municipal de
Vereadores de Caraíbas e sua respectiva nova mesa diretora foi imediata na
cidade, haja vista a forma como que esta se deu.
A
eleição de Dourisvaldo Joaquim (Doura) para presidente se deu mediante uma
discutível aliança, uma vez que este contou com os votos de todos os vereadores
de oposição, que inclusive compuseram a mesa diretora.
Referido
caso denota claramente a estapafúrdia situação criada em meio às acusações de
traições políticas e oferecimento de algum tipo de beneficiamento ao presidente
eleito para que este se compactuasse com o grupo político do ex-prefeito e também
ex-presidiário (por atos de corrupção) Lourival Silveira Dias.
O
vereador Doura, que se gaba de estar em seu quarto mandato, e em três deles fez
parte do grupo político de quem administrou Caraíbas por quase duas décadas mediante
práticas escusas e muita marcação. Em meados de 2010 o vereador havia “rompido”
com o grupo de Lourinho, e se juntou ao grupo da oposição encabeçada na ocasião
pelo atual prefeito Luiz Carlos Patez.
Re-eleito
em 2012 com uma quantidade de votos que por pouco não o deixa de fora,
(atestando ali sua impopularidade), o vereador deixou claro por meio de algumas
de suas práticas, pronunciamentos e atitude que o tal “rompimento” não havia se
concretizado de fato, questão indiscutivelmente consumada com a aliança feita
para tornar-se presidente do legislativo municipal.
Quero
aqui externar, enquanto cidadão e eleitor deste município, bem como candidato a
vereador que fui em 2012 (o que me rendeu a suplência da Câmara) o meu repúdio
em ter que discorrer sobre isso. Repúdio por questões de natureza bastante
pontuais, entre elas o fato do nobre edil ser desprovido dos trejeitos e da
articulação (sendo aqui bastante generoso), qualidades necessárias para o posto
de representante imediato do legislativo municipal. Um segundo fato que me
causou repulsa, embora sem a mínima surpresa, foi à notável traição acarretada
especialmente aos seus eleitores que certamente lhe deram um voto, e associaram
este voto ao de Luizinho que na época na oposição lutávamos para acabar com a
tirania em nosso município.
Ter
estado no mesmo palanque de alguém que se dizia ferrenhamente contrário à
podridão da política de senhor Lourival e depois de um relativo curto espaço de
tempo o ver pisotear e desdenhar dos discursos (ainda que “cacofônicos”) que
este fazia no calor da campanha eleitoral é algo lamentável e retrata bem a
pobreza política de alguns pseudo-s políticos e tais representantes do povo.
Cabe
ao eleitor avaliar que tipo de representante fez chegar a uma das cadeiras da
Câmara de Vereadores, órgão muito importante e que se bem gerido e representado
auxilia e muito no processo de construção de um município mais desenvolvido e
livre da tirania e da política pautada na mentira e no clientelismo.