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quinta-feira, 20 de novembro de 2014

DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA: DIA DA MEMÓRIA DE ZUMBI DOS PALMARES, GRANDE LÍDER DA LUTA PELA LIBERDADE

20 de Novembro é o Dia Nacional da Consciência Negra. É o momento de celebrar a memória Zumbi dos Palmares e Dandara, herói e heroína do povo brasileiro. Mas acima de tudo é um dia de reflexão e busca de novas formas para enfrentar o racismo que, infelizmente ainda hoje dificulta e tira a vida de mulheres e homens em todo o país.
A escravidão no Brasil – um dos maiores crimes de lesa-humanidade já vistos ocupou ¾ de nossa história. Como herança resta não apenas as condições desiguais de desenvolvimento econômico e de condições básicas de vida dos afro-brasileiros, mas, sobretudo, a naturalização do sofrimento, da dor e da morte negra. A ideia de que a “carne mais barata do mercado é a carne negra” se reafirma pela poesia da bala, que trocada ou perdida, sempre atinge seu alvo: o corpo negro.
A exposição permanente do corpo de seres humanos negros presos, torturados, mutilados e de onde violentamente se arranca a vida, não foi suficiente para sensibilizar e mobilizar de fato a sociedade como um todo e, menos ainda, os governos de quaisquer instâncias ou partidos.
A indignação aumenta ao perceber que grande parte da violência é promovida justamente por aqueles que deveriam evitá-la. Segundo a Anistia Internacional, em 2011, o número de mortes por autos de resistência apenas no Rio de Janeiro e em São Paulo foi 42,16% maior do que todas as execuções promovidas por 20 países em que há pena de morte! Em São Paulo só em 2012, 546 pessoas foram mortas em decorrência de confronto com a Polícia Militar. Como parâmetro para esse escândalo, basta lembrar que os movimentos de defesa de direitos humanos reivindicam a morte e desaparecimento de 426 pessoas em 21 anos da ditadura civil-militar, iniciada em 1964. Na cidade de São Paulo, de acordo com o IBGE, 56 % dos jovens vítimas de homicídios são negros. Esse número atinge 71% nos casos de jovens mortos em confronto com a polícia.

A violência estampada no índice de homicídios que atinge a população negra soma-se à precariedade dos serviços públicos e dos diversos direitos sociais, escasso para toda a classe trabalhadora e ainda mais limitado à população negra.
Neste 20 de novembro o Movimento Negro estará nas ruas para denunciar o Estado e os governos – todos eles, por reproduzirem uma política de negação de direitos sociais, de repressão e violência através de uma segurança pública que elege o jovem negro, pobre e morador de periferias como principal alvo de sua repressão.
Nossos gritos exigirão Cotas raciais em universidades e concursos públicos; Fim do Genocídio e a desmilitarização das polícias além de um debate democrático sobre um novo modelo de segurança pública para o país; Defesa da Lei 10639, que traz a história e cultura afro-brasileira para as escolas; defesa dos Quilombolas e religiões de matriz africana; Fim da violência contra mulheres negras, homossexuais, além da garantia de seus direitos; Por mais investimentos em cultura, educação, saúde e pela radial democratização dos meios de comunicação.

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