Por Jânio Freitas
Certo e errado
Na sua hora da verdade, as previsões teriam
cedido à realidade de que a inversão estava nelas.
Tudo o que era para dar errado, deu certo. E o que daria certo, deu
errado. A segunda inversão é mais fácil de entender do que a primeira, ao menos
na parcela de causas superficiais, e já apontadas em boa quantidade. A primeira
pede reflexão, averiguações, ponderação de hipóteses. Não se sujeita a
imediatismos.
Cabe até perguntar, no primeiro caso, onde e quando esteve a inversão.
Pode ter sido em uma conjunção de esforços, acasos, sorte, bons propósitos, e
outros incontáveis impulsos a favor do bom andamento do que estava previsto
desandar, fatalmente, em fracassos e vexames. Mas também é possível que nem
tenha havido inversão na passagem das previsões para os fatos. Na sua hora da
verdade, as previsões, as expectativas densas, e humilhantes por antecipação,
teriam cedido à realidade de que a inversão estava nelas. Eram elas.
Uma sugestão perigosa, mas tentadora.
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